domingo, 16 de maio de 2010

Vamos falar um pouco de hardware mobile - Parte III (Memória)

Olá Pessoal!


Fiquei a semana passada sem postar no blog pois o tempo estava extremamente escasso, muito trabalho, cansaço, mto tudo!!! mas enfim, estou de volta falando um pouco mais sobre hardware mobile, mais precisamente sobre memória.

Gostaria de enfatizar que esse post é uma INTEGRA e portanto todo crédito do artigo vai para GdH(Guia do Hardware) pois quando fiz a leitura gostei muito e vale a pena postar p/ você que se interessa por esse nicho, portanto faça uma ótima leitura!!!


Tipos de memória Flash


Nem todos os chips de memória Flash nascem iguais. Embora a função seja sempre a mesma (armazenar dados), existem diferenças nas tecnologias usadas, que determinam onde o chip será usado.
A primeira tecnologia de memória Flash a se popularizar a NOR, que chegou ao mercado em 1988. Os chips de memória Flash NOR possuem uma interface de endereços similar à da memória RAM, o que permite que eles ofereçam suporte ao XiP (execute in place), onde o sistema pode rodar diretamente a partir do chip de memória, sem precisar ser primeiro copiado para a memória RAM. Essa característica faz com que eles sejam utilizados para armazenar o firmware do sistema em alguns aparelhos, como, por exemplo, o Nokia E62, que utiliza 32 MB de memória RAM, 32 MB de memória Flash NOR (usada para a instalação do sistema) e mais 128 MB de memória Flash de uso geral.


Em seguida, temos os chips de memória Flash com tecnologia NAND, que são, de longe, o tipo mais usado atualmente. Eles oferecem a vantagem de serem mais rápidos em operações de escrita e também mais baratos, devido ao design mais simples. A principal limitação é que eles são endereçados usando páginas de 2 KB e acessados através de um barramento serial. Ou seja, do ponto de vista do sistema, um chip de memória Flash NAND está mais para um HD do que para um chip de memória.


Para anular esta limitação, os fabricantes utilizam um sistema de execução dinâmica, onde os aplicativos são primeiro copiados da memória Flash para a memória RAM e executados a partir dela. Embora consuma um pouco mais de energia, este sistema acaba resultando em ganhos de desempenho, já que a memória RAM é mais rápida. Faz mais sentido, então, incluir um pouco mais de memória RAM para compensar o maior consumo e eliminar a memória NOR.


Um bom exemplo disso é o Nokia E61, que utiliza 64 MB de memória RAM e 128 MB de memória Flash NAND, sem os 32 MB de Flash NOR do E62. Embora a comparação pareça apertada, na prática o E61 se sai bem melhor em termos de desempenho, uma diferença que fez com que este fosse o sistema adotado em quase todos os aparelhos atuais.
Isso explica também por que a memória RAM livre é sempre menor que a memória total, já que parte dela é consumida pelos componentes copiados. O Nokia E71, por exemplo, tem 128 MB de memória RAM total, mas apenas 71 MB livres. O Xperia X1 tem 256 MB de RAM, mas apenas 157 MB livres após o boot, e assim por diante.


Continuando, temos também uma segunda divisão, dessa vez entre os chips NAND, na forma dos chips com tecnologia SLC (Single-Level Cell) e MLC (Multi-Level Cell).
A diferença entre os dois é que os chips SLC armazenam apenas um bit por célula de memória (ou seja, ou ela está carregada, ou ela está descarregada), enquanto nos chips MLC cada célula armazena dois ou quatro bits, o que multiplica a capacidade de armazenamento por chip.


Isso é possível graças ao uso de tensões intermediárias. Com 4 tensões diferentes, a célula pode armazenar 2 bits, com 16 pode armazenar 4 bits, e assim por diante. O MLC foi implantado de forma mais ou menos simultânea pelos diversos fabricantes entre 2006 e 2007, o que permitiu reduzir drasticamente o custo por megabyte, quase que de uma hora para a outra. Isso explica a rápida queda nos preços de cartões de memória, pendrives e afins.


Apesar dos chips MLC serem mais baratos, eles são muito mais lentos que os chips SLC, de forma que as duas tecnologias passaram a coexistir. Os chips SLC são usados em alguns tipos de cartões de memória para uso profissional e em SSDs de alto desempenho. No caso dos smartphones, eles são usados na memória Flash interna, onde a pequena quantidade empregada não compromete os custos dos aparelhos. Os chips MLC, por sua vez, são encontrados principalmente nos cartões de memória e pendrives, onde o mais importante é a capacidade e o custo.


Minha opinião em relação ao artigo: Quando disse que gostei do artigo é porque ainda não tinha lido nenhum artigo que desse a visualização de como é "pensado" e implantado o funcionamento da memória dentro de smartphones. O exemplo citado dos aparelhos Nokia E62 e E61 realmente tem todo o crédito, pois já tive os dois e a diferença de desempenho quanto a pouco memória é extremamente notável.


comentem!!!


Créditos de Imagem: planeta-informatica
Créditos de todo o texto: GdH

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